Neste período verificou-se a transformação do capitalismo competitivo para o capitalismo monopolista. O sistema econômico alcançara um estágio tão avançado que as grandes empresas engoliram as concorrentes, obtendo o monopólio, isto é, o controle de determinado setor do mercado. Em países como Inglaterra, Alemanha e EUA, duas ou três empresas controlaram até 80% da produção de aço. Surgiram trustes (grupos de empresas unificadas que controlam todas as etapas da produção e comércio) e cartéis (acordos e associações de empresas que estabeleciam preços iguais para controlarem o mercado). Em pouco tempo a riqueza mundial ficou restrito a uma poderosa burguesia minoritária.
Muitas empresas, como forma de investimento, se associaram a grandes bancos, além de captarem recursos vendendo ações na Bolsa de Valores, surgindo verdadeiros “monstros” empresariais. A essa dinamização da economia chamamos de Capitalismo financeiro.
Mas o crescimento desenfreado da produção de mercadorias por parte destes monopólios, fez com que os mercados consumidores internos não conseguissem absorve-las. A produção crescera geometricamente, mas o consumo crescera apenas aritmeticamente. Novos mercados consumidores tornaram-se necessários. Como era praticamente impossível disputar zonas de comércio na própria Europa, as potências capitalistas se voltaram para outras regiões do mundo onde ainda não houvera desenvolvimento industrial, mas que poderiam se tornar consumidores. Então os olhos da Europa se voltaram para a África e Ásia. Deu-se início ao que chamamos de Imperialismo.
Mas o que é Imperialismo? Trata-se de um processo de dominação política e econômica de um país não desenvolvido por um país industrializado, podendo assim suas empresas garantir seus negócios e seus lucros exclusivos, explorando seus mercados consumidores, sua mão-de-obra barata e seus recursos naturais, através do investimento de capital (comprando plantações, minas, ou instalando filiais de suas fábricas) ou simplesmente exportando.
No imperialismo, ou neo-colonialismo, havia a dominação política (quando uma região se tornava colônia de uma potência) como ocorreu no continente africano e em partes da Ásia, e havia a dominação por influência econômica, como aconteceu na China e alguns países pobres da Europa Oriental e das Américas. Mas independente do modelo, as conseqüências do imperialismo foram nefastas para os povos dominados. Nestes lugares a destruição de culturas locais e o sangue de homens, mulheres e crianças foram o preço a ser pago para se obter os lucros das empresas capitalistas.
Mas não havia territórios para serem dominados por todos. A Inglaterra e a França, por terem se desenvolvido mais rapidamente, foram os primeiros a garantir suas neo-colônias. Já países como a Alemanha e a Itália, recém unificadas mas que desenvolveram bem suas economias, ficaram de fora dos melhores mercados, restando apenas um ou outro território. As reivindicações por uma nova re-divisão do mundo colonial fizeram com que se criasse um clima de hostilidade entre as potências capitalistas que poderiam ter conseqüências catastróficas no futuro.
Saiba mais sobre imperialismo clicando aqui
HOBSBAWN, Eric. Da Revolução Industrial Inglesa ao Imperialismo. Rio de Janeiro, Editora Forense Universitária, 1969.
HOBSBAWN, Eric. A Era dos Impérios – 1880 ~ 1914. São Paulo, Companhia das Letras, 1996.
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