terça-feira, 31 de agosto de 2010

Vídeo-aula sobre a teoria funcionalista de Émile Durkheim

Este vídeo é o primeiro de quatro sobre a teoria de Émile Durkheim. Veja também as sequencias na janelado Youtube.

Fato Social por Émile Durkheim - Sociologia 3º ano

Como prometi, eis os slides apresentados em sala de aula.



Quem desejar, clique aqui e baixe na versão ppt.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

A Revolução Americana - 2º ano

Olá alunos(as)

Aqui está o slide da aula sobre a Revolução Americana. É só clicar na imagem abaixo e fazer o download do arquivo, em ppt. Ele está no 4shared.

Dêem uma olhada também no vídeo "The Patriot":

O marxismo - 3º ano

Olá alunos(as)


Como prometi publico aqui os slides da aula digital sobre a teoria marxista. Ele está hospedado no 4shared e é só clicar na imagem abaixo:
Dêem uma olhada também no video Manifestoon, uma análise do livro Manifesto Comunista de 1848 feito com imagens de desenhos animados:

quinta-feira, 24 de junho de 2010

COLONIZAÇÃO DAS AMÉRICAS - 2º ano B

Olá alunos.

Para ter acesso ao esquema de estudo sobre os modelos de colonização do continente americano, clique aqui e faça o download no 4share.

Abraços

A crise do Capitalismo - o Crack da economia americana em 1929

O filósofo e economista alemão Karl Marx, em sua famosa obra O Capital, já expunha que o sistema capitalista produziria suas próprias crises, fruto de suas contradições geradas em seu próprio seio. Antes, no passado, muitas crises econômicas foram geradas pela escassez de mercadorias, principalmente alimentos. Agora o capitalismo liberou de tal forma as forças produtivas, que são os excessos que geram as crises. O capitalismo, de tempos em tempos, mergulharia em sucessivas crises crônicas que levaria ao fim do próprio sistema.

Foi o que aconteceu com o famoso Crack da Bolsa de Valores de Nova Iorque, em outubro de 1929, quando os preços das ações despencaram, levando a falência milhares de empresas e gerando um dos maiores índices de desemprego nos EUA da história.

Mas não podemos pensar que a crise se resumiu a este fato isolado. Na verdade foi uma conseqüência de todo um processo que se desenvolveu ao longo de toda a década de 1920. Para entender isso precisamos observar como ficou os Estados Unidos após a Primeira Guerra Mundial.

fonte 1: Cássio Diniz. fonte 2: suapesquisa.com


Durante a Primeira Guerra Mundial, a economia norte-americana estava em pleno desenvolvimento. As indústrias dos EUA produziam e exportavam em grandes quantidades, principalmente, para os países europeus.

Após a guerra o quadro não mudou, pois os países europeus estavam voltados para a reconstrução das indústrias e cidades, necessitando manter suas importações, principalmente dos EUA. A situação começou a mudar no final da década de 1920. Reconstruídas, as nações européias diminuíram drasticamente a importação de produtos industrializados e agrícolas dos Estados Unidos.

Com a diminuição das exportações para a Europa, as indústrias norte-americanas começaram a aumentar os estoques de produtos, pois já não conseguiam mais vender como antes. Grande parte destas empresas possuíam ações na Bolsa de Valores de Nova York e milhões de norte-americanos tinham investimentos nestas ações.

Em outubro de 1929, percebendo a desvalorizando das ações de muitas empresas, houve uma correria de investidores que pretendiam vender suas ações. O efeito foi devastador, pois as ações se desvalorizaram fortemente em poucos dias. Pessoas muito ricas, passaram, da noite para o dia, para a classe pobre. O número de falências de empresas foi enorme e o desemprego atingiu quase 30% dos trabalhadores.

A crise, também conhecida como “A Grande Depressão”, foi a maior de toda a história dos Estados Unidos. Como nesta época, diversos países do mundo mantinham relações comerciais com os EUA, a crise acabou se espalhando por quase todos os continentes.

A crise de 1929 afetou também o Brasil. Os Estados Unidos eram o maior comprador do café brasileiro. Com a crise, a importação deste produto diminuiu muito e os preços do café brasileiro caíram. Para que não houvesse uma desvalorização excessiva, o governo brasileiro comprou e queimou toneladas de café. Desta forma, diminuiu a oferta, conseguindo manter o preço do principal produto brasileiro da época. Por outro lado, este fato trouxe algo positivo para a economia brasileira. Com a crise do café, muitos cafeicultores começaram a investir no setor industrial, alavancando a indústria brasileira.

A solução para a crise surgiu apenas no ano de 1933. No governo de Franklin Delano Roosevelt, foi colocado em prática o plano conhecido como New Deal. De acordo com o plano econômico, o governo norte-americano passou a controlar os preços e a produção das indústrias e das fazendas. Com isto, o governo conseguiu controlar a inflação e evitar a formação de estoques. Fez parte do plano também o grande investimento em obras públicas (estradas, aeroportos, ferrovias, energia elétrica etc), conseguindo diminuir significativamente o desemprego. O programa foi tão bem sucedido que no começo da década de 1940 a economia norte-americana já estava funcionando normalmente.


quinta-feira, 10 de junho de 2010

A Revolução Russa

No início do século XX, o Império Russo era o maior país do mundo. Cobria deste a Europa Oriental até a Ásia. Mas ao mesmo tempo era um dos países mais atrasados da Europa. Diferente do que ocorreu com outros países europeus, como a França, a Alemanha e a Inglaterra, na Rússia ainda não havia acontecido um desenvolvimento pleno do capitalismo.

Ainda prevalecia uma economia agrária, onde os camponeses eram ligados aos donos das terras (os latifundiários) ainda por laços de servidão, muito parecido com o sistema feudal. Somente nas principais cidades russas, como São Petesburgo e Moscou, que começou a desenvolver um parque industrial forte (surgindo aí uma burguesia pequena e um operariado grande). Mas para ambos, os camponeses e os trabalhadores urbanos (operários), a situação era de muito trabalho e de muita miséria.

O Império Russo na época era governado pelo czar (imperador) Nicolau II. Ele tinha poderes absolutos (lá ainda era um Estado Absolutista), onde a classe social privilegiada era a nobreza russa. Não havia parlamento, nem liberdade de opinião. Os partidos políticos eram proibidos e os inimigos políticos eram presos e mandados para a Sibéria. Diante do povo o czar era um grande opressor.

Os socialistas russos: Apesar do pequeno desenvolvimento econômico, no final do século XIX começou a surgir pessoas que se opunham ao regime czarista e também ao próprio sistema capitalista. Baseado nas idéias de Marx e Engels, muitas destas pessoas se tornaram socialistas. Isto é, desejavam transformar a sociedade russa em uma sociedade justa e igualitária (sociedade socialista).

Estes homens formaram então o Partido Social-Democrata Russo. Mas dentro deste partido havia opiniões diferentes. Uma ala (os mencheviques) defendia que a luta pelo socialismo deveria ser por dentro da ordem capitalista, isto é, participando de eleições, fazendo acordos com os burgueses, ajudando a desenvolver o capitalismo e somente depois, muito depois, fazer a transição ao socialismo (teoria de Bernstein). Já a outra ala (os bolcheviques) defendia que a construção do socialismo deveria ser realizada através de uma revolução, feita pelos trabalhadores e camponeses. Para eles as eleições não mudariam nada e os burgueses eram contrários ao socialismo e não cooperariam com esta transformação. Defendiam ao máximo a tese de Marx que a libertação dos trabalhadores será obra dos próprios trabalhadores, e estes seriam liderados por um partido operário, que na verdade seria uma verdadeira organização revolucionária. Era necessário destruir o Estado Opressor (absolutista ou burguês) e construir um Estado Operário. (teses de Lênin)

1905: Neste ano ocorreu dois fatos importantíssimos. Primeiro foi a cisão do partido social-democrata. As diferenças entre seus membros eram muitos grandes. Desta cisão surgiram o Partido Menchevique, liderados por Martov e Plekanov, e o Partido Bolchevique, liderado por Lênin e apoiado por Trotsky.

O outro acontecimento foi a Revolução de 1905. Na verdade ela foi uma grande insurreição do povo russo contra o czar, revoltados com a miséria e com a exploração. Iniciado após a derrota russa perante os japoneses (Guerra Russo-Japonesa), a insurreição foi espontânea e desorganizada. Uma hora os marinheiros do encouraçado Potemkin se amotinaram. Outra o povo tomavam as ruas. A pressão era grande. O czar prometeu mudanças. Mas as promessas não foram cumpridas e houve muita repressão. A revolução havia fracassado. Para os bolcheviques, os trabalhadores ainda não estavam suficientemente maduros. Sua organizações, como os sindicatos e os soviets ainda não tinham força suficiente. Mas a partir desta experiência, eles poderiam aprender com os erros e se prepararem para uma próxima tentativa.

Os Soviets: Em russo soviet significa comitê ou conselho. Durante a Revolução de 1905, os trabalhadores, camponeses e soldados rasos aprenderam que era necessário se organizarem em comitês independentes. Estes comitês deveriam funcionar como verdadeiros instrumentos de poder em suas mãos. Qualquer um poderia participar de um soviet. Era só aparecer na assembléia e votar, erguendo a mão. Também poderia defender suas idéias e propostas, demonstrando todo seu caráter democrático.

Em 1917, em meio a crise do governo provisório, os soviets alcançaram um poder enorme. Muitos tinham força suficiente em seu bairros, alguns chegavam a controlar algumas fábricas. No exército, os generais aos poucos perdiam a autoridade. Os soldados votavam suas próprias decisões. Chegou ao ponto que em São Petesburgo, o soviet presidido por Trotsky tinha mais força que o próprio governo. Por isso que os bolcheviques propunham que o futuro governo dos trabalhadores fossem baseados na democracia direta dos soviets.

As revoluções de 1917: A participação da Rússia na Primeira Guerra Mundial estava sendo um desastre. A cada hora batalhas eram perdidas perante os alemães. Enquanto isso a miséria e a exploração aumentava cada vez mais. A revolta gerada foi tão grande que o povo saiu espontaneamente as ruas em fevereiro de 1917 para protestar e exigir a paz e o fim da miséria. Os protestos cresceram e ganharam força, até que a situação do czar ficou insustentável. Ele acabou caindo. O regime czarista e o Estado Absolutista caíra. Era a Revolução de Fevereiro. Mas quem governaria? Os burgueses (empresários e banqueiros) foram espertos e através de seus partidos assumiram o poder e instalaram um Estado Burguês (capitalista) sob regime democrático burguês (o chamado governo provisório). Também receberam o apoio dos mencheviques. Estranhamente manteram a Rússia na guerra.

A situação do povo não mudara e a revolta continuava. Os bolcheviques defendia a continuidade da luta. Era preciso aproveitar a pequena liberdade e organizar os sindicatos e os soviets à lutarem para tomar o poder. Os soviets ganharam muita força e poder. Em muitos casos o poder dos soviets ultrapassava o do governo. O clima era de tensão. Os mencheviques tornam-se maioria no governo e se comprometem a proteger os interesses burgueses e capitalistas (governo de Kerensky), mantendo tudo igual. Em junho ocorre uma insurreição fracassada e o governo joga a culpa nos bolcheviques. Ocorre mais repressões contra os trabalhadores.

Os trabalhadores foram as ruas construir seus próprios destinos

Em setembro há a tentativa do general Kornilov em dar um golpe de estado e implantar uma ditadura militar. O governo provisório, pede ajuda aos bolcheviques. Estes exigem que os trabalhadores recebam armas e montem suas próprias milícias. Lênin e Trotsky conclamam o povo a derrotar o general Kornilov, mas também a ficarem com o pé atrás com o governo. Graças aos trabalhadores organizados pelos bolcheviques, Kornilov foi derrotado, e mais um passo rumo a revolução estava dado. Em todos os soviets as idéias bolcheviques tornaram-se maioria. A proposta da tomada do poder e a construção do governo dos trabalhadores ganha força. Em outubro começa o Congresso dos Soviets de toda a Rússia em São Petesburgo (capital do país). Os bolcheviques apresentam a proposta da tomada do poder e a criação de um Estado Operário. A proposta foi aprovada por inânimidade.

A Guarda Vermelha (a principal milícia operária ligado ao partido bolchevique) ocupa a cidade de São Petesburgo e derrubam o governo provisório. Em seguida entrega o poder ao Congresso dos Soviets e Lênin anuncia o triunfo da Revolução e a instalação do Estado Operário, baseado no poder direto dos soviets dos operários, camponeses e soldados. Pela primeira vez na história da humanidade ocorria uma Revolução Socialista. Pela primeira vez na história a classe trabalhadora alcançava o poder de fato.

A construção do socialismo na Rússia/URSS

Em 7 de novembro de 1917 (outubro no calendário juliano) a Guarda Vermelha, o braço armado do Soviet de Petrogrado, formado por trabalhadores e soldados, derrubou o já falido governo provisório, e entregou o poder ao Congresso dos Soviets de toda a Rússia, que se reunia naquele mesmo dia. A tomada do poder foi saudada por todos os delegados representantes de todo o país e significava de fato a construção do primeiro estado operário da História, a República Soviética!

De imediato o novo governo, formado pelos soviets e sob direção política dos Bolcheviques (Lênin) criou os decretos da reforma agraria (o fim dos latifúndios) e da paz (saída da Primeira Guerra Mundial). Estatizou todos os bancos e garantiu o monopólio do Estado sob o comércio internacional. Ficou proibido aos atacadistas (empresários) especular o preço dos alimentos e as fábricas, apesar de continuarem sendo de seus proprietários no início (depois foram coletivizados), ficariam sob controle dos comitês de trabalhadores. Estava ocorrendo uma verdadeira revolução social.

Ao mesmo tempo, a burguesia não aceitou esta situação. Com apoio de outros países, que não queriam que este exemplo se espalhasse pelo mundo, formou-se o Exército Branco, com o objetivo de derrotar os trabalhadores. O novo governo se viu obrigado a entrar em guerra civil, criando o famoso Exército Vermelho, para defender a revolução. Ela duraria 3 anos.

Esta guerra teve conseqüências drásticas. Havia pouco dinheiro para sustentar um conflito. Os trabalhadores mais conscientes e participativos morreram em combate, abrindo espaço para uma pequena ala dos bolcheviques assumirem o controle do novo governo, os burocratas liderados por Stálin. Somando a isso, esperava-se que a revolução se alastrasse para os outros países, como a Alemanha, fato este que não ocorreu. Segundo Trotsky e Lênin, a vitória da revolução teria que ser mundial, e não apenas local.

Isolamento e guerra civil. Esta combinação comprometeria profundamente o caráter da nova República Soviética. Devido a guerra civil, a burocracia foi tomando cada vez mais o controle. Depois da morte de Lênin em 1924, Stálin assumiu o poder, expulsou Trotsky da Rússia, tirou o poder dos soviets e criou a ditadura de partido único. Isto é, assumiu plenos poderes por todo o país. A partir de então não era mais o socialismo idealizado por Marx ou Lênin, mas sim o que ficou conhecido por stalinismo.

Em 1922 a Rússia mudou o nome para União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Depois de uma série de planos econômicos planificados, como a NEP e os Planos Qüinqüenais, a URSS se desenvolveu bastante. Acabou-se a miséria, a fome, a desigualdade social e o desemprego. Mas Stálin tirou a liberdade e começou a perseguir seus inimigos políticos (processos de Moscou), e também fez surgir um setor social bastante privilegiado, os burocratas, que viviam as custas do aparelho estatal.

Durante toda as décadas de 20 e 30 ocorreu diversas tentativas de revoluções pelo mundo, mas Stálin não procurou ajudar estes trabalhadores, mas sim controlar estes processos, que acabaram fracassando. Espanha, Alemanha, França, China e Brasil são apenas alguns exemplos.

terça-feira, 9 de março de 2010

Questões para o 3º ano (Primeira Guerra Mundial)

Olá alunos.

Baseando-se na leitura do texto "A Primeira Guerra Mundial", das aulas presenciais e demais outras fontes, responda:

1) Explique com suas próprias palavras como um caso
isolado (o atentado de Sarajevo) provocou o envolvimento de diversos países
europeus na Primeira Guerra Mundial.

2) Por que na segunda fase da guerra (guerra de
trincheiras) houve um alto índice de mortalidade nos combates?

3) Quais foram os dois fatos marcantes que ocorreram
em 1917? Explique cada um.
Para responder, clique no link comentários. Ao abrir uma nova página preencha o quadro com a resposta. E não esqueça de colocar seu nome, número e turma no espaço específico (selecionar perfil = nome. Não preencher URL). Não será permitida cópia (ctrl+c).

sábado, 6 de março de 2010

A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL - 3º ano Regular e EJA - História

por Cássio Diniz

Como conseqüência de uma disputa imperialista entre as potências capitalistas européias, o mundo havia mergulhado num clima de tensão, que acabou estourando com o Atentado de Sarajevo em junho de 1914. O intricado jogo de alianças entrou em ação e uma a uma as nações declararam guerra as outras, sempre sendo fiel (ou quase) aos seus aliados, como um grande dominó.

Rapidamente os países europeus mobilizaram seus exércitos. A Alemanha tomou a dianteira e colocou em prática o plano Schlieffen, um ataque a França pelo norte, invadindo a neutra Bélgica. Foi neste momento que a Inglaterra declarou guerra e enviou ao continente a Força Expedicionária Britânica.

Os exércitos alemães foram fulminantes. Em poucas semanas ocupou a Bélgica e iniciou a invasão à França. O exército Francês, pego de surpresa, só conseguiu deter os alemães na Batalha do Marne, a apenas 45 km de Paris. Os alemães detidos, se viram obrigados a cavar trincheiras para garantir os territórios conquistados. Franceses e ingleses fizeram o mesmo. As duas linhas, uma em frente a outra, ia da fronteira da Suíça até o Canal da Mancha. Neste momento acaba a guerra de movimento e tem inicio a guerra de posição, ou de trincheira.

Ao mesmo tempo o Império Russo ataque pelo Leste, mas seus exércitos são contidos na Batalha de Tannenberg. Ocorre também a construção de trincheiras de ambos os lados.

Neste primeiro momento a Itália, então participante da Tríplice Aliança ao lado da Alemanha, mantém sua neutralidade, alegando que a aliança era apenas em caso de defesa, e não de ataque. No ano seguinte, em 1915, vendo a possibilidade de ganhos territoriais em cima da Alemanha e da Áustria, os italianos declaram guerra aos seus antigos aliados.

As lutas durante a fase das trincheiras eram horríveis. Devido as novas tecnologias empregadas em campo de batalha, como o canhão de longo alcance, a metralhadora, os primeiros aviões de combate, os tanques e os gases tóxicos, aliado as táticas de combate antiquadas, fizeram com que a terra de ninguém (o trecho de terra entre as trincheiras) se transformasse um gigantesco cemitério a céu aberto. Foram quatro anos de terríveis provações que os soldados de ambos os lados sofreram e o principal responsável pelo elevado número de mortos durante a guerra.

Dois fatos foram marcantes para o desenrolar da Primeira Guerra Mundial. Primeiro foi a Revolução Russa de 1917. Em fevereiro deste ano iniciou-se no então Império russo um processo revolucionário que implantou a República e onde os trabalhadores tomaram o poder em novembro, culminando na criação do primeiro Estado Operário do mundo, sob a liderança do Partido Bolchevique. Com isso o novo governo retirou a Rússia da guerra, que era uma das reivindicações do povo.

No mesmo ano houve a entrada dos Estados Unidos no conflito. O país havia se transformado no principal financiador dos ingleses e franceses, emprestando dinheiro e vendendo material bélico. Mas o risco de derrota de seus clientes assustou os empresários e banqueiros americanos, que ficaram com medo de perder seus investimentos. Estes pressionaram o congresso e o presidente Woodrow Wilson a declararem guerra a Alemanha, usando da desculpa que submarinos deste país havia torpedeado um navio dos americanos.

Com as suas tropas liberadas da Frente Oriental após a saída da Rússia, a Alemanha lança uma poderosa ofensiva contra a França em 1918, esperando derrotá-la antes da chegada dos americanos. Mas foram detidos novamente a poucos quilômetros de Paris. E com a chegada das tropas dos EUA os alemães tiveram que recuar.

A situação da Alemanha estava difícil. Suas aliadas, a Áustria-Hungria e o Império Otomano se renderam perante os ingleses e seus aliados. Cercados pelo sul e pelo Oeste e antes que tivesse seu território invadido, os alemães assinaram o armistício em Compiégne, no dia 11 de novembro de 1918. É o fim da Primeira Guerra Mundial, que teve como saldo mais de 10 milhões de mortos, entre militares e civis.

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SLIDE - PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL - História

Olá alunos!

Estou postando aqui o slide em power-point da apresentação sobre a Primeira Guerra Mundial. Clique aqui e faça o download do arquivo.


Comunidade e Sociedade - Sociologia

fonte: infoescola

Comunidade e sociedade são as uniões de grupos sociais mais comuns dentro da Sociologia. Sabemos que ninguém consegue viver sozinho e que todas as pessoas precisam umas das outras para viver. Essa convivência caracteriza os grupos sociais, e dependendo do tipo de relações estabelecidas entre as pessoas, esses grupos poderão se distinguir.

A comunidade é a forma de viver junto, de modo íntimo, privado e exclusivo. É a forma de se estabelecer relações de troca, necessárias para o ser humano, de uma maneira mais íntima e marcada por contatos primários. Sociedade é uma grande união de grupos sociais marcada pelas relações de troca, porém de forma não-pessoal, racional e com contatos sociais secundários e impessoais.

As comunidades geralmente são grupos formados por familiares, amigos e vizinhos que possuem um elevado grau de proximidade uns com os outros. Na sociedade esse contato não existe, prevalecendo os acordos racionais de interesses. Uma diferenciação clara entre comunidade e sociedade é quando uma pessoa negocia a venda de uma casa, por exemplo, com um familiar (comunidade) e com um desconhecido (sociedade). Logicamente, as relações irão ser bastante distintas entre os dois negócios: no negócio com um familiar irá prevalecer as relações emotivas e de exclusividade; enquanto que na negociação com um desconhecido, o que irá valer é o uso da razão.

Nas comunidades, as normas de convivência e de conduta de seus membros estão interligadas à tradição, religião, consenso e respeito mútuo. Na sociedade, é totalmente diferente. Não há o estabelecimento de relações pessoais e na maioria das vezes, não há tamanha preocupação com o outro indivíduo, fato que marca a comunidade. Por isso, é fundamental haver um aparato de leis e normas para regular a conduta dos indivíduos que vivem em sociedade, tendo no Estado, um forte aparato burocrático, decisor e central nesse sentido.

O MERCANTILISMO - 2º ano regular e 2º EJAM - História

por Cássio Diniz
O mercantilismo era um sistema econômico baseado na compra e venda de mercadorias, afim de se obter o acumulo de riquezas e, principalmente, um forte intervencionismo do Estado Absolutista na economia. Ele tinha duas doutrinas básicas:

Intervenção Estatal: Para o mercantilismo, somente o rei e sua equipe econômica saberia como deveria funcionar a economia. Por isso eles interviam nela, afim de controlar o que se podia ou não produzir, vender e participar. Nestes casos a nobreza e alguns setores da burguesia se privilegiavam.

O Metalismo: doutrina do mercantilismo, no qual acreditava que o país que acumulasse mais metais preciosos (ouro e prata) seria o mais rico. Por isso a necessidade de se exportar mais e importar menos. (Lembrete – o comércio internacional era feito em ouro e prata)

Como se baseava a economia mercantilista?

A produção de mercadorias (agrárias ou artesanais) continuava igual como era no feudalismo, pois o nobre não investe capital na produção em sua terra. A sua relação com os camponeses e artesãos continuam em regime de servidão. Apenas aumentou os tributos (pagamentos em mercadoria e dinheiro) para o acumulo de riquezas para o comércio. Por isso chamamos ainda de Produção Feudal.

Em outros casos, muitos famosos, as mercadorias que seriam comercializadas, eram obtidas (exploradas) em terras distantes da Europa, como a madeira e a cana-de-açúcar no Brasil e nas ilhas atlânticas, os metais preciosos (ouro e prata) da América Hispânica, os condimentos alimentícios e os produtos manufaturados (seda, porcelana, etc. ) de países do Oriente como a Índia e a China.

Pirataria: Em alguns casos extremos, os países que não tinham minas de metais preciosos em suas colônias, estimulavam uma pratica criminosa comum na época: a pirataria, isto é, roubo em alto-mar de navios espanhóis carregados de ouro e prata da América Hispânica .

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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Questão (apenas teste)

Olá alunos.

Baseando-se na leitura do texto "O Imperialismo", do vídeo sobre o assunto, das aulas presenciais e demais outras fontes, responda:
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1) Com suas próprias palavras, explique quais são as principais características do capitalismo monopolista que surgiu no século XIX.
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2) Explique com as suas palavras por que as potências capitalistas (nações européias) partiram para a conquista de regiões e áreas de influência no continente africano e asiático.
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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

O MUNDO A BEIRA DA GRANDE GUERRA - 3º ano regular e PEP - História

por Cássio Diniz

Como já vimos anteriormente, a expansão imperialista no final do século XIX fez com que as principais potências capitalistas européias entrassem numa disputa direta pelas colônias e áreas de influência econômica nos continentes africano e asiático. Essa disputa, aos poucos, estava chegando ao ponto de se transformar num conflito bélico de grandes proporções.

A disputa econômica estava se transformando em uma disputa política e até mesmo ideológica. Valia-se de tudo para justificar a hostilidade ao inimigo. Os sentimentos de nacionalismo, revanchismo e preconceito foram estimulados a fim de convencer as massas dos respectivos países aderirem à cruzada pela derrota do inimigo.

Entre o final do século XIX e o início do século XX a economia alemã se desenvolveu tanto, a tal ponto de ameaçar o domínio inglês nos mercados internos da Europa. Ameaça também, através da pressão diplomática e outros métodos coercitivos, o império colonial britânico. Os ingleses, por sua parte, buscavam justificar um futuro conflito com os germânicos através de uma propaganda ideológica que dizia que o barbarismo alemão queria dominar o mundo, e que era obrigação da Inglaterra salvaguardar a civilização européia.

E isso se repetiu com os outros países contrários entre si. A tal ponto de criar um clima de hostilidade no ar. A França, por exemplo, derrotada na guerra Franco-Prussiana de 1870 e espoliada da rica região da Alsácia-Lorena, aspirada a revanche contra os alemães. A expectativa de que uma guerra entre as nações poderia estourar a qualquer momento fez com que houvesse uma verdadeira corrida armamentista, estimulando a larga produção de material bélico, o crescimento dos efetivos militares e o grande desenvolvimento de tecnologias da “morte”. A esse período de tensão nós damos o nome de Paz Armada.

Além disso, ocorreu uma busca por alianças que garantissem uma balança favorável na hora de um conflito direto. Em 1882 a Alemanha, a Itália e o Império Austro-Húngaro formaram a Tríplice Aliança. Para contrabalançar este grupo, seus rivais Inglaterra, França e o Império Russo formaram a Tríplice Entente em 1907.

Agora só faltava o estopim (desculpa) para as nações iniciarem a grande guerra. E elas não tardaram a surgir. A primeira delas foi a chamada Crise Marroquina. Entre o período de 1905 e 1911, França e Alemanha quase declaram guerra por causa da disputa pelo Marrocos, no norte da África. A solução, por enquanto, foi resolvida diplomaticamente através da Conferência de Algeciras, onde o Marrocos ficou sob domínio francês, enquanto parte do Congo era cedido aos alemães.

Um outro foco de instabilidade foi a Questão Balcânica. A região da Europa Oriental era economicamente mais atrasada que a Europa Ocidental. Por isso mesmo virou foco das atenções das potências capitalistas. Nos Bálcãs viviam inúmeros povos de origem eslava, mas o predomínio político há muito tempo era dos austríacos, que através de seu império, subjugada quase todos estes povos. Já a Rússia, disfarçava seu interesse imperialista pela região anunciando ser a grande protetora dos povos eslavos e não aceitava o domínio austro-húngaro dos Bálcãs. A situação piorou quando os austríacos anexaram a Bósnia-Herzegovina, estimulando o clima nacionalista dos eslavos. E não podemos esquecer também dos interesses da Alemanha na região, que previa a construção da estrada de ferro Berlim-Bagdá, se ligando as ricas jazidas de petróleo do Império Otomano, ambos contrários à Rússia.

Foi neste contexto que ocorreu o famoso Atentado de Sarajevo, onde o príncipe austríaco Francisco Ferdinando foi assassinado na capital bósnia em 28 de junho de 1914 por uma organização terrorista chamada Mão Negra. O Império Austro-Húngaro acusou o governo da Sérvia (aliada da Rússia) pelo atentado. A troca de acusações acabou servindo de pretexto para os austríacos declararem guerra aos sérvios. Então o sistema de alianças foi acionado e foi como um efeito dominó. A Rússia declarou guerra à Áustria, a Alemanha declarou guerra à Rússia, a França declarou guerra à Alemanha e posteriormente a Inglaterra declarou guerra aos alemães, dando início a Primeira Guerra Mundial.

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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

SENSO COMUM X CIÊNCIA - Sociologia

Olá alunos!

Mais um vídeo sobre as diferenças do pensamento baseado no senso comum e o pensamento científico (crítico). Confiram:

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vídeo-aula - PARA QUE SERVE A SOCIOLOGIA?

Olá alunos!

Estarei postando aqui um pequeno vídeo, onde dois professores apontam os motivos para se estudar sociologia no Ensino Mèdio. Confiram:

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SÍNTESE DOS CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA

Olá alunos!

Mais um vídeo sobre os clássicos da sociologia. NEste caso uma pequena síntese de Marx, Weber e Durkheim. Confiram:

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O IMPERIALISMO - 3º ano Regular e PEP - História

por Cássio Diniz

Na segunda metade do século XIX o capitalismo entrava em uma nova fase. Novas descobertas, como a metalurgia, a energia elétrica, os combustíveis de petróleo, os motores a combustão interna, os produtos químicos, entre outras fizeram com que se desenvolvessem a produção de mercadorias, os transportes e as comunicações, dando um salto no desenvolvimento capitalista para um estágio nunca antes visto. A isso chamamos de Segunda Revolução Industrial. Os lucros e o acumulo de capital eram assustadores.

Neste período verificou-se a transformação do capitalismo competitivo para o capitalismo monopolista. O sistema econômico alcançara um estágio tão avançado que as grandes empresas engoliram as concorrentes, obtendo o monopólio, isto é, o controle de determinado setor do mercado. Em países como Inglaterra, Alemanha e EUA, duas ou três empresas controlaram até 80% da produção de aço. Surgiram trustes (grupos de empresas unificadas que controlam todas as etapas da produção e comércio) e cartéis (acordos e associações de empresas que estabeleciam preços iguais para controlarem o mercado). Em pouco tempo a riqueza mundial ficou restrito a uma poderosa burguesia minoritária.

Muitas empresas, como forma de investimento, se associaram a grandes bancos, além de captarem recursos vendendo ações na Bolsa de Valores, surgindo verdadeiros “monstros” empresariais. A essa dinamização da economia chamamos de Capitalismo financeiro.

Mas o crescimento desenfreado da produção de mercadorias por parte destes monopólios, fez com que os mercados consumidores internos não conseguissem absorve-las. A produção crescera geometricamente, mas o consumo crescera apenas aritmeticamente. Novos mercados consumidores tornaram-se necessários. Como era praticamente impossível disputar zonas de comércio na própria Europa, as potências capitalistas se voltaram para outras regiões do mundo onde ainda não houvera desenvolvimento industrial, mas que poderiam se tornar consumidores. Então os olhos da Europa se voltaram para a África e Ásia. Deu-se início ao que chamamos de Imperialismo.

Mas o que é Imperialismo? Trata-se de um processo de dominação política e econômica de um país não desenvolvido por um país industrializado, podendo assim suas empresas garantir seus negócios e seus lucros exclusivos, explorando seus mercados consumidores, sua mão-de-obra barata e seus recursos naturais, através do investimento de capital (comprando plantações, minas, ou instalando filiais de suas fábricas) ou simplesmente exportando.

No imperialismo, ou neo-colonialismo, havia a dominação política (quando uma região se tornava colônia de uma potência) como ocorreu no continente africano e em partes da Ásia, e havia a dominação por influência econômica, como aconteceu na China e alguns países pobres da Europa Oriental e das Américas. Mas independente do modelo, as conseqüências do imperialismo foram nefastas para os povos dominados. Nestes lugares a destruição de culturas locais e o sangue de homens, mulheres e crianças foram o preço a ser pago para se obter os lucros das empresas capitalistas.

Mas não havia territórios para serem dominados por todos. A Inglaterra e a França, por terem se desenvolvido mais rapidamente, foram os primeiros a garantir suas neo-colônias. Já países como a Alemanha e a Itália, recém unificadas mas que desenvolveram bem suas economias, ficaram de fora dos melhores mercados, restando apenas um ou outro território. As reivindicações por uma nova re-divisão do mundo colonial fizeram com que se criasse um clima de hostilidade entre as potências capitalistas que poderiam ter conseqüências catastróficas no futuro.

Saiba mais sobre imperialismo clicando aqui

sugestões de leitura

HOBSBAWN, Eric. Da Revolução Industrial Inglesa ao Imperialismo. Rio de Janeiro, Editora Forense Universitária, 1969.
HOBSBAWN, Eric. A Era dos Impérios – 1880 ~ 1914. São Paulo, Companhia das Letras, 1996.

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O SURGIMENTO DOS ESTADOS NACIONAIS E O ABSOLUTISMO - 2º ano regular - História

por Cássio Diniz

Ao final da Idade Média a Europa passava por muitas transformações na economia e na sociedade. O aumento da produção de alimentos e bens, o crescimento da população e o ressurgimento do comércio estavam forçando as bases do sistema feudal.

Com o reaquecimento da economia, os senhores feudais (nobres) começaram a aumentar a exploração em cima dos camponeses e artesãos, obrigando-os a pagar taxas e tributos feudais cada vez mais altos. Mas a mentalidade medieval começou a se transformar, e muitos servos diziam não ao aumento da exploração. Começaram então a estourar revoltas de camponeses em várias regiões da Europa. Por todos os cantos havia saques a propriedades feudais e a possibilidade de uma revolução camponesa ameaça profundamente os interesses e privilégios dos senhores feudais.

Havia uma importante questão para a nobreza: Como controlar os camponeses e garantir a estabilidade social? As tropas particulares dos feudos não davam conta separadamente. Somente um poderoso exército nacional poderia reprimir os camponeses e artesãos em vários locais ao mesmo tempo e impor a ordem. Mas havia apenas um jeito para se organizar e sustentar esse tal exército. Era preciso que os nobres se unissem para construir uma organização de caráter nacional que garantisse isso: Essa organização era o Estado Nacional Absolutista.

Para a formação do Estado Nacional, os senhores feudais uniram suas terras em uma nação (normalmente feudos que tinham certa identidade cultural em comum, como idioma e costumes) e abriram mão de seus poderes locais em prol da centralização política sob a figura do rei, que estaria no controle do Estado e teria poderes absolutos sobre a nação. A partir de então ele organizaria um código de leis que valia para o país todo, criaria um imposto unificado e lideraria um exército nacional. Todas essas novidades garantiram a sobrevivência da sociedade feudal e os privilégios da nobreza. Como diria o historiador Perry Anderson “Essencialmente o Estado Absolutista era apenas isto: um aparelho de dominação feudal recolocado e reforçado, destinado a sujeitar as massas camponesas à sua posição social tradicional (...)”.

O regime Absolutista: Como já foi dito, o poder no Estado Nacional ficaria nas mãos do rei. Ele e seus ministros teriam o controle absoluto sobre todo o país. Eles definiriam as leis e os impostos e teriam a palavra final em quase todos os assuntos. Não havia constituição, eleições ou democracia. Este poder absoluto e inquestionável estaria a serviço da manutenção do direito feudal sobre a sociedade. Os nobres não teriam mais o poder direto e subordinavam-se ao Estado e ao rei. Valeu-se o ditado “que vão os anéis e que salvem os dedos!”.

A burguesia: Como vimos anteriormente, a economia crescera graças ao desenvolvimento do comércio na Europa. Os primeiros comerciantes, com suas carrocinhas cheias de produtos pelas estradas e feiras, haviam se transformado em grandes comerciantes que habitavam as cidades autônomas (comunas ou burgos), ganhando o nome de burgueses. Apesar de ainda serem considerados servos e estarem abaixo dos nobres, eles aos poucos adquiriam certo poder econômico neste novo mundo.

A burguesia não teve participação direta e profunda na construção dos Estados Nacionais Absolutistas. Mas tiveram um papel importante. Para os reis era interessante que a burguesia se desenvolvesse. Quanto mais dinheiro ganhava mais impostos pagavam ao Estado. Por isso eles estimularam o crescimento da economia em seus países, contribuindo com os burgueses. Em troca alguns burgueses ajudaram a financiar o projeto de unificação dos reis e nobres contra aqueles que ainda resistiam.
sugestões de leitura

POMER, Leon. O surgimento das nações. São Paulo Editora Atual.
HUBERMAN, Leo. A História da Riqueza do Homem. Rio de Janeiro, Editora Zahar.
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O EGITO ANTIGO - 1º período EJA médio

por Cássio Diniz

A civilização egípcia constitui como uma das maiores e mais importantes civilizações da antiguidade humana. Podemos dizer que ela durou milhares de anos e muitos aspectos de sua cultura ainda fascinam muitas pessoas até hoje.

O berço do Egito Antigo é o norte-nordeste da África, fazendo fronteira com o Oriente Médio pela Península do Sinai, e ocupado em parte pelo deserto do Saara. Aliás, neste mesmo lugar existe hoje o moderno país também chamado Egito, apesar de uma nova cultura dominá-la atualmente: a árabe.

A civilização egípcia começou a se desenvolver ao longo de um importante rio, o Nilo. Graças as suas cheias periódicas, extensas faixas de terras eram fertilizadas e propícias para a grande agricultura. A capacidade de produção de alimentos da região era tão grande na antiguidade que o Egito ficou conhecido como o Celeiro do Mundo. Persas, gregos, romanos, entre outros, consumiam seus grãos. O filósofo grego Heródoto chegou a chamar o Egito de Dádiva do Nilo.

Com essa terra magnífica começaram a surgir diversas povoações por volta de 4000 a.C., que ao longo do tempo se transformaram em cidades. Inicialmente estas cidades tinham autonomia uma das outras, dando-lhes o caráter de cidades-estados. Mas com o desenvolvimento da agricultura e o seu enriquecimento, algumas cidades acabaram dominando outras, surgindo os primeiros passos para a unificação do Egito. A cidade de Mênfis se destacou neste período. Com o tempo acabaram surgindo dois reinos: O Baixo Egito (norte) e o Alto Egito (sul).

Por volta de 3100 a.C. o Alto Egito conquistou o Baixo Egito e houve a unificação do reino, que ficaria sob o poder de um único monarca: o faraó (rei).

O Estado, que surgiu inicialmente pela necessidade da organização das obras públicas, como irrigação, drenagens, etc., controlava quase toda a vida egípcia, deste a economia até a religião. Quase todas as terras pertenciam ao Estado, que também controlava o comércio interno e externo. Os sacerdotes eram funcionários estatais e detinham o controle absoluto dos rituais religiosos. Os comandantes militares controlavam o exército e os escribas faziam o controle das finanças e os registros mais importantes.

Os egípcios eram politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses. Os mais importantes eram Amon-Rá, Osíris, Ísis, Hórus, entre outros. Aliás, o próprio faraó era visto como um deus.

A sociedade egípcia era dividida basicamente em duas classes sociais. A nobreza era classe dominante, monopolizando o poder e com inúmeros privilégios. Os servos eram a classe dominada e mais numerosa. Eram camponeses e artesãos, responsáveis pela produção de alimentos (trigo, cevada, vinho, bois, asnos carneiros, etc.) e demais produtos. Eram obrigados a pagar pesados tributos em bens (não havia ainda o uso do dinheiro), ou em trabalhos gratuitos para o Estado (corvéia real). Não havia muitos escravos no Egito. Normalmente prisioneiros de guerras, eram usados apenas nas minas ou em trabalhos domésticos. Não tinham papel importante na economia egípcia.

Os historiados costumam dividir a História egípcia em três períodos: O Antigo Império (3100 a.C. ~ 2040 a.C.), Médio Império (2040 a.C. ~ 1640 a.C.) e Novo Império (1550 a.C. ~ 1070 a.C.). Não precisamos decorar estes anos nem os períodos. O importante é sabermos que ao longo deles o Egito passou por fases de centralização ou descentralização política, crises econômicas e sociais, e invasões de povos estrangeiros. Após o declínio da civilização egípcia assírios, persas, gregos, romanos e finalmente árabes dominaram a região.
sugestões de leitura:

FLAMARION, Ciro. O Antigo Egito. São Paulo Editora Brasiliense, 1990
MORLEY, Jacqueline. Como seria sua vida no Antigo Egito. São Paulo Editora Scipione, 1996
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AMBIENTE VIRTUAL DE ENSINO – UMA NOVA FERRAMENTA PARA A EDUCAÇÃO

Olá camaradas, e alunos!!

Estarei dando início hoje ao Ambiente Virtual de Ensino como parte do meu blog. Este AVE terá como objetivo ser um instrumento de auxilio aos estudantes de História e Sociologia do Ensino Médio da Escola Polivalente Caxambu. É um modelo de ensino inovador, que irá fazer com que o conceito de aula rompa os muros das escolas e invadam a rede mundial de computadores.

A partir de agora os alunos terão contato com os resumos das matérias lecionadas em sala de aula a partir de computadores ligados a internet, que poderão ser acessados de casa, de lan-houses, de telecentros ou até mesmo dos laboratórios de informática das próprias escolas.

Os textos serão disponibilizados em forma de postagem, onde os alunos poderão ler, comentar e tirar suas dúvidas no link “comentários”. Além disso, haverá outro link onde os mesmo poderão fazer downloads dos textos em formato pdf para salvarem em disquetes, pen-drive, ou imprimi-los.

Haverá também, junto com os textos, sugestões de livros, onde os alunos poderão aprofundar sobre os temas trabalhados. E em breve algumas tarefas também poderão ser respondidas neste Ambiente. Mas para isso ainda terei que estabelecer algumas regras e instruções.

Então, boa aula para todos!!!