Este semi-blog tem como objetivo ser um A.V.E. (ambiente Virtual de Ensino) do blog do professor Cássio. Aqui os alunos entrarão em contato com o conteúdo das aulas do professor e tirarão suas dúvidas
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Vídeo-aula sobre a teoria funcionalista de Émile Durkheim
Fato Social por Émile Durkheim - Sociologia 3º ano
terça-feira, 3 de agosto de 2010
A Revolução Americana - 2º ano
Aqui está o slide da aula sobre a Revolução Americana. É só clicar na imagem abaixo e fazer o download do arquivo, em ppt. Ele está no 4shared.
Dêem uma olhada também no vídeo "The Patriot":
O marxismo - 3º ano
quinta-feira, 24 de junho de 2010
COLONIZAÇÃO DAS AMÉRICAS - 2º ano B
Abraços
A crise do Capitalismo - o Crack da economia americana em 1929
Foi o que aconteceu com o famoso Crack da Bolsa de Valores de Nova Iorque, em outubro de 1929, quando os preços das ações despencaram, levando a falência milhares de empresas e gerando um dos maiores índices de desemprego nos EUA da história.
Mas não podemos pensar que a crise se resumiu a este fato isolado. Na verdade foi uma conseqüência de todo um processo que se desenvolveu ao longo de toda a década de 1920. Para entender isso precisamos observar como ficou os Estados Unidos após a Primeira Guerra Mundial.
Após a guerra o quadro não mudou, pois os países europeus estavam voltados para a reconstrução das indústrias e cidades, necessitando manter suas importações, principalmente dos EUA. A situação começou a mudar no final da década de 1920. Reconstruídas, as nações européias diminuíram drasticamente a importação de produtos industrializados e agrícolas dos Estados Unidos.
Com a diminuição das exportações para a Europa, as indústrias norte-americanas começaram a aumentar os estoques de produtos, pois já não conseguiam mais vender como antes. Grande parte destas empresas possuíam ações na Bolsa de Valores de Nova York e milhões de norte-americanos tinham investimentos nestas ações.
Em outubro de 1929, percebendo a desvalorizando das ações de muitas empresas, houve uma correria de investidores que pretendiam vender suas ações. O efeito foi devastador, pois as ações se desvalorizaram fortemente em poucos dias. Pessoas muito ricas, passaram, da noite para o dia, para a classe pobre. O número de falências de empresas foi enorme e o desemprego atingiu quase 30% dos trabalhadores.
A crise, também conhecida como “A Grande Depressão”, foi a maior de toda a história dos Estados Unidos. Como nesta época, diversos países do mundo mantinham relações comerciais com os EUA, a crise acabou se espalhando por quase todos os continentes.
A crise de 1929 afetou também o Brasil. Os Estados Unidos eram o maior comprador do café brasileiro. Com a crise, a importação deste produto diminuiu muito e os preços do café brasileiro caíram. Para que não houvesse uma desvalorização excessiva, o governo brasileiro comprou e queimou toneladas de café. Desta forma, diminuiu a oferta, conseguindo manter o preço do principal produto brasileiro da época. Por outro lado, este fato trouxe algo positivo para a economia brasileira. Com a crise do café, muitos cafeicultores começaram a investir no setor industrial, alavancando a indústria brasileira.
A solução para a crise surgiu apenas no ano de 1933. No governo de Franklin Delano Roosevelt, foi colocado em prática o plano conhecido como New Deal. De acordo com o plano econômico, o governo norte-americano passou a controlar os preços e a produção das indústrias e das fazendas. Com isto, o governo conseguiu controlar a inflação e evitar a formação de estoques. Fez parte do plano também o grande investimento em obras públicas (estradas, aeroportos, ferrovias, energia elétrica etc), conseguindo diminuir significativamente o desemprego. O programa foi tão bem sucedido que no começo da década de 1940 a economia norte-americana já estava funcionando normalmente.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
A Revolução Russa
Os socialistas russos: Apesar do pequeno desenvolvimento econômico, no final do século XIX começou a surgir pessoas que se opunham ao regime czarista e também ao próprio sistema capitalista. Baseado nas idéias de Marx e Engels, muitas destas pessoas se tornaram socialistas. Isto é, desejavam transformar a sociedade russa em uma sociedade justa e igualitária (sociedade socialista).
Os Soviets: Em russo soviet significa comitê ou conselho. Durante a Revolução de 1905, os trabalhadores, camponeses e soldados rasos aprenderam que era necessário se organizarem em comitês independentes. Estes comitês deveriam funcionar como verdadeiros instrumentos de poder em suas mãos. Qualquer um poderia participar de um soviet. Era só aparecer na assembléia e votar, erguendo a mão. Também poderia defender suas idéias e propostas, demonstrando todo seu caráter democrático.
As revoluções de 1917: A participação da Rússia na Primeira Guerra Mundial estava sendo um desastre. A cada hora batalhas eram perdidas perante os alemães. Enquanto isso a miséria e a exploração aumentava cada vez mais. A revolta gerada foi tão grande que o povo saiu espontaneamente as ruas em fevereiro de 1917 para protestar e exigir a paz e o fim da miséria. Os protestos cresceram e ganharam força, até que a situação do czar ficou insustentável. Ele acabou caindo. O regime czarista e o Estado Absolutista caíra. Era a Revolução de Fevereiro. Mas quem governaria? Os burgueses (empresários e banqueiros) foram espertos e através de seus partidos assumiram o poder e instalaram um Estado Burguês (capitalista) sob regime democrático burguês (o chamado governo provisório). Também receberam o apoio dos mencheviques. Estranhamente manteram a Rússia na guerra.
A construção do socialismo na Rússia/URSS
terça-feira, 9 de março de 2010
Questões para o 3º ano (Primeira Guerra Mundial)
Baseando-se na leitura do texto "A Primeira Guerra Mundial", das aulas presenciais e demais outras fontes, responda:
1) Explique com suas próprias palavras como um caso
isolado (o atentado de Sarajevo) provocou o envolvimento de diversos países
europeus na Primeira Guerra Mundial.
2) Por que na segunda fase da guerra (guerra de
trincheiras) houve um alto índice de mortalidade nos combates?
3) Quais foram os dois fatos marcantes que ocorreram
em 1917? Explique cada um.
sábado, 6 de março de 2010
A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL - 3º ano Regular e EJA - História
Rapidamente os países europeus mobilizaram seus exércitos. A Alemanha tomou a dianteira e colocou em prática o plano Schlieffen, um ataque a França pelo norte, invadindo a neutra Bélgica. Foi neste momento que a Inglaterra declarou guerra e enviou ao continente a Força Expedicionária Britânica.
Os exércitos alemães foram fulminantes. Em poucas semanas ocupou a Bélgica e iniciou a invasão à França. O exército Francês, pego de surpresa, só conseguiu deter os alemães na Batalha do Marne, a apenas 45 km de Paris. Os alemães detidos, se viram obrigados a cavar trincheiras para garantir os territórios conquistados. Franceses e ingleses fizeram o mesmo. As duas linhas, uma em frente a outra, ia da fronteira da Suíça até o Canal da Mancha. Neste momento acaba a guerra de movimento e tem inicio a guerra de posição, ou de trincheira.
Ao mesmo tempo o Império Russo ataque pelo Leste, mas seus exércitos são contidos na Batalha de Tannenberg. Ocorre também a construção de trincheiras de ambos os lados.
Neste primeiro momento a Itália, então participante da Tríplice Aliança ao lado da Alemanha, mantém sua neutralidade, alegando que a aliança era apenas em caso de defesa, e não de ataque. No ano seguinte, em 1915, vendo a possibilidade de ganhos territoriais em cima da Alemanha e da Áustria, os italianos declaram guerra aos seus antigos aliados.
As lutas durante a fase das trincheiras eram horríveis. Devido as novas tecnologias empregadas em campo de batalha, como o canhão de longo alcance, a metralhadora, os primeiros aviões de combate, os tanques e os gases tóxicos, aliado as táticas de combate antiquadas, fizeram com que a terra de ninguém (o trecho de terra entre as trincheiras) se transformasse um gigantesco cemitério a céu aberto. Foram quatro anos de terríveis provações que os soldados de ambos os lados sofreram e o principal responsável pelo elevado número de mortos durante a guerra.
Dois fatos foram marcantes para o desenrolar da Primeira Guerra Mundial. Primeiro foi a Revolução Russa de 1917. Em fevereiro deste ano iniciou-se no então Império russo um processo revolucionário que implantou a República e onde os trabalhadores tomaram o poder em novembro, culminando na criação do primeiro Estado Operário do mundo, sob a liderança do Partido Bolchevique. Com isso o novo governo retirou a Rússia da guerra, que era uma das reivindicações do povo.
No mesmo ano houve a entrada dos Estados Unidos no conflito. O país havia se transformado no principal financiador dos ingleses e franceses, emprestando dinheiro e vendendo material bélico. Mas o risco de derrota de seus clientes assustou os empresários e banqueiros americanos, que ficaram com medo de perder seus investimentos. Estes pressionaram o congresso e o presidente Woodrow Wilson a declararem guerra a Alemanha, usando da desculpa que submarinos deste país havia torpedeado um navio dos americanos.
Com as suas tropas liberadas da Frente Oriental após a saída da Rússia, a Alemanha lança uma poderosa ofensiva contra a França em 1918, esperando derrotá-la antes da chegada dos americanos. Mas foram detidos novamente a poucos quilômetros de Paris. E com a chegada das tropas dos EUA os alemães tiveram que recuar.
A situação da Alemanha estava difícil. Suas aliadas, a Áustria-Hungria e o Império Otomano se renderam perante os ingleses e seus aliados. Cercados pelo sul e pelo Oeste e antes que tivesse seu território invadido, os alemães assinaram o armistício em Compiégne, no dia 11 de novembro de 1918. É o fim da Primeira Guerra Mundial, que teve como saldo mais de 10 milhões de mortos, entre militares e civis.
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SLIDE - PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL - História
Comunidade e Sociedade - Sociologia
Comunidade e sociedade são as uniões de grupos sociais mais comuns dentro da Sociologia. Sabemos que ninguém consegue viver sozinho e que todas as pessoas precisam umas das outras para viver. Essa convivência caracteriza os grupos sociais, e dependendo do tipo de relações estabelecidas entre as pessoas, esses grupos poderão se distinguir.
A comunidade é a forma de viver junto, de modo íntimo, privado e exclusivo. É a forma de se estabelecer relações de troca, necessárias para o ser humano, de uma maneira mais íntima e marcada por contatos primários. Sociedade é uma grande união de grupos sociais marcada pelas relações de troca, porém de forma não-pessoal, racional e com contatos sociais secundários e impessoais.
As comunidades geralmente são grupos formados por familiares, amigos e vizinhos que possuem um elevado grau de proximidade uns com os outros. Na sociedade esse contato não existe, prevalecendo os acordos racionais de interesses. Uma diferenciação clara entre comunidade e sociedade é quando uma pessoa negocia a venda de uma casa, por exemplo, com um familiar (comunidade) e com um desconhecido (sociedade). Logicamente, as relações irão ser bastante distintas entre os dois negócios: no negócio com um familiar irá prevalecer as relações emotivas e de exclusividade; enquanto que na negociação com um desconhecido, o que irá valer é o uso da razão.
Nas comunidades, as normas de convivência e de conduta de seus membros estão interligadas à tradição, religião, consenso e respeito mútuo. Na sociedade, é totalmente diferente. Não há o estabelecimento de relações pessoais e na maioria das vezes, não há tamanha preocupação com o outro indivíduo, fato que marca a comunidade. Por isso, é fundamental haver um aparato de leis e normas para regular a conduta dos indivíduos que vivem em sociedade, tendo no Estado, um forte aparato burocrático, decisor e central nesse sentido.
O MERCANTILISMO - 2º ano regular e 2º EJAM - História
Intervenção Estatal: Para o mercantilismo, somente o rei e sua equipe econômica saberia como deveria funcionar a economia. Por isso eles interviam nela, afim de controlar o que se podia ou não produzir, vender e participar. Nestes casos a nobreza e alguns setores da burguesia se privilegiavam.
Como se baseava a economia mercantilista?
A produção de mercadorias (agrárias ou artesanais) continuava igual como era no feudalismo, pois o nobre não investe capital na produção em sua terra. A sua relação com os camponeses e artesãos continuam em regime de servidão. Apenas aumentou os tributos (pagamentos em mercadoria e dinheiro) para o acumulo de riquezas para o comércio. Por isso chamamos ainda de Produção Feudal.
Em outros casos, muitos famosos, as mercadorias que seriam comercializadas, eram obtidas (exploradas) em terras distantes da Europa, como a madeira e a cana-de-açúcar no Brasil e nas ilhas atlânticas, os metais preciosos (ouro e prata) da América Hispânica, os condimentos alimentícios e os produtos manufaturados (seda, porcelana, etc. ) de países do Oriente como a Índia e a China.
Pirataria: Em alguns casos extremos, os países que não tinham minas de metais preciosos em suas colônias, estimulavam uma pratica criminosa comum na época: a pirataria, isto é, roubo em alto-mar de navios espanhóis carregados de ouro e prata da América Hispânica .
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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Questão (apenas teste)
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
O MUNDO A BEIRA DA GRANDE GUERRA - 3º ano regular e PEP - História
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
SENSO COMUM X CIÊNCIA - Sociologia
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vídeo-aula - PARA QUE SERVE A SOCIOLOGIA?
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SÍNTESE DOS CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA
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O IMPERIALISMO - 3º ano Regular e PEP - História
Neste período verificou-se a transformação do capitalismo competitivo para o capitalismo monopolista. O sistema econômico alcançara um estágio tão avançado que as grandes empresas engoliram as concorrentes, obtendo o monopólio, isto é, o controle de determinado setor do mercado. Em países como Inglaterra, Alemanha e EUA, duas ou três empresas controlaram até 80% da produção de aço. Surgiram trustes (grupos de empresas unificadas que controlam todas as etapas da produção e comércio) e cartéis (acordos e associações de empresas que estabeleciam preços iguais para controlarem o mercado). Em pouco tempo a riqueza mundial ficou restrito a uma poderosa burguesia minoritária.
Muitas empresas, como forma de investimento, se associaram a grandes bancos, além de captarem recursos vendendo ações na Bolsa de Valores, surgindo verdadeiros “monstros” empresariais. A essa dinamização da economia chamamos de Capitalismo financeiro.
Mas o crescimento desenfreado da produção de mercadorias por parte destes monopólios, fez com que os mercados consumidores internos não conseguissem absorve-las. A produção crescera geometricamente, mas o consumo crescera apenas aritmeticamente. Novos mercados consumidores tornaram-se necessários. Como era praticamente impossível disputar zonas de comércio na própria Europa, as potências capitalistas se voltaram para outras regiões do mundo onde ainda não houvera desenvolvimento industrial, mas que poderiam se tornar consumidores. Então os olhos da Europa se voltaram para a África e Ásia. Deu-se início ao que chamamos de Imperialismo.
Mas o que é Imperialismo? Trata-se de um processo de dominação política e econômica de um país não desenvolvido por um país industrializado, podendo assim suas empresas garantir seus negócios e seus lucros exclusivos, explorando seus mercados consumidores, sua mão-de-obra barata e seus recursos naturais, através do investimento de capital (comprando plantações, minas, ou instalando filiais de suas fábricas) ou simplesmente exportando.
No imperialismo, ou neo-colonialismo, havia a dominação política (quando uma região se tornava colônia de uma potência) como ocorreu no continente africano e em partes da Ásia, e havia a dominação por influência econômica, como aconteceu na China e alguns países pobres da Europa Oriental e das Américas. Mas independente do modelo, as conseqüências do imperialismo foram nefastas para os povos dominados. Nestes lugares a destruição de culturas locais e o sangue de homens, mulheres e crianças foram o preço a ser pago para se obter os lucros das empresas capitalistas.
Mas não havia territórios para serem dominados por todos. A Inglaterra e a França, por terem se desenvolvido mais rapidamente, foram os primeiros a garantir suas neo-colônias. Já países como a Alemanha e a Itália, recém unificadas mas que desenvolveram bem suas economias, ficaram de fora dos melhores mercados, restando apenas um ou outro território. As reivindicações por uma nova re-divisão do mundo colonial fizeram com que se criasse um clima de hostilidade entre as potências capitalistas que poderiam ter conseqüências catastróficas no futuro.
Saiba mais sobre imperialismo clicando aqui
HOBSBAWN, Eric. Da Revolução Industrial Inglesa ao Imperialismo. Rio de Janeiro, Editora Forense Universitária, 1969.
HOBSBAWN, Eric. A Era dos Impérios – 1880 ~ 1914. São Paulo, Companhia das Letras, 1996.
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O SURGIMENTO DOS ESTADOS NACIONAIS E O ABSOLUTISMO - 2º ano regular - História
Com o reaquecimento da economia, os senhores feudais (nobres) começaram a aumentar a exploração em cima dos camponeses e artesãos, obrigando-os a pagar taxas e tributos feudais cada vez mais altos. Mas a mentalidade medieval começou a se transformar, e muitos servos diziam não ao aumento da exploração. Começaram então a estourar revoltas de camponeses em várias regiões da Europa. Por todos os cantos havia saques a propriedades feudais e a possibilidade de uma revolução camponesa ameaça profundamente os interesses e privilégios dos senhores feudais.
Havia uma importante questão para a nobreza: Como controlar os camponeses e garantir a estabilidade social? As tropas particulares dos feudos não davam conta separadamente. Somente um poderoso exército nacional poderia reprimir os camponeses e artesãos em vários locais ao mesmo tempo e impor a ordem. Mas havia apenas um jeito para se organizar e sustentar esse tal exército. Era preciso que os nobres se unissem para construir uma organização de caráter nacional que garantisse isso: Essa organização era o Estado Nacional Absolutista.
Para a formação do Estado Nacional, os senhores feudais uniram suas terras em uma nação (normalmente feudos que tinham certa identidade cultural em comum, como idioma e costumes) e abriram mão de seus poderes locais em prol da centralização política sob a figura do rei, que estaria no controle do Estado e teria poderes absolutos sobre a nação. A partir de então ele organizaria um código de leis que valia para o país todo, criaria um imposto unificado e lideraria um exército nacional. Todas essas novidades garantiram a sobrevivência da sociedade feudal e os privilégios da nobreza. Como diria o historiador Perry Anderson “Essencialmente o Estado Absolutista era apenas isto: um aparelho de dominação feudal recolocado e reforçado, destinado a sujeitar as massas camponesas à sua posição social tradicional (...)”.
O regime Absolutista: Como já foi dito, o poder no Estado Nacional ficaria nas mãos do rei. Ele e seus ministros teriam o controle absoluto sobre todo o país. Eles definiriam as leis e os impostos e teriam a palavra final em quase todos os assuntos. Não havia constituição, eleições ou democracia. Este poder absoluto e inquestionável estaria a serviço da manutenção do direito feudal sobre a sociedade. Os nobres não teriam mais o poder direto e subordinavam-se ao Estado e ao rei. Valeu-se o ditado “que vão os anéis e que salvem os dedos!”.
A burguesia: Como vimos anteriormente, a economia crescera graças ao desenvolvimento do comércio na Europa. Os primeiros comerciantes, com suas carrocinhas cheias de produtos pelas estradas e feiras, haviam se transformado em grandes comerciantes que habitavam as cidades autônomas (comunas ou burgos), ganhando o nome de burgueses. Apesar de ainda serem considerados servos e estarem abaixo dos nobres, eles aos poucos adquiriam certo poder econômico neste novo mundo.
POMER, Leon. O surgimento das nações. São Paulo Editora Atual.
HUBERMAN, Leo. A História da Riqueza do Homem. Rio de Janeiro, Editora Zahar.
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O EGITO ANTIGO - 1º período EJA médio
O berço do Egito Antigo é o norte-nordeste da África, fazendo fronteira com o Oriente Médio pela Península do Sinai, e ocupado em parte pelo deserto do Saara. Aliás, neste mesmo lugar existe hoje o moderno país também chamado Egito, apesar de uma nova cultura dominá-la atualmente: a árabe.
A civilização egípcia começou a se desenvolver ao longo de um importante rio, o Nilo. Graças as suas cheias periódicas, extensas faixas de terras eram fertilizadas e propícias para a grande agricultura. A capacidade de produção de alimentos da região era tão grande na antiguidade que o Egito ficou conhecido como o Celeiro do Mundo. Persas, gregos, romanos, entre outros, consumiam seus grãos. O filósofo grego Heródoto chegou a chamar o Egito de Dádiva do Nilo.
Com essa terra magnífica começaram a surgir diversas povoações por volta de 4000 a.C., que ao longo do tempo se transformaram em cidades. Inicialmente estas cidades tinham autonomia uma das outras, dando-lhes o caráter de cidades-estados. Mas com o desenvolvimento da agricultura e o seu enriquecimento, algumas cidades acabaram dominando outras, surgindo os primeiros passos para a unificação do Egito. A cidade de Mênfis se destacou neste período. Com o tempo acabaram surgindo dois reinos: O Baixo Egito (norte) e o Alto Egito (sul).
Por volta de 3100 a.C. o Alto Egito conquistou o Baixo Egito e houve a unificação do reino, que ficaria sob o poder de um único monarca: o faraó (rei).
O Estado, que surgiu inicialmente pela necessidade da organização das obras públicas, como irrigação, drenagens, etc., controlava quase toda a vida egípcia, deste a economia até a religião. Quase todas as terras pertenciam ao Estado, que também controlava o comércio interno e externo. Os sacerdotes eram funcionários estatais e detinham o controle absoluto dos rituais religiosos. Os comandantes militares controlavam o exército e os escribas faziam o controle das finanças e os registros mais importantes.
Os egípcios eram politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses. Os mais importantes eram Amon-Rá, Osíris, Ísis, Hórus, entre outros. Aliás, o próprio faraó era visto como um deus.
A sociedade egípcia era dividida basicamente em duas classes sociais. A nobreza era classe dominante, monopolizando o poder e com inúmeros privilégios. Os servos eram a classe dominada e mais numerosa. Eram camponeses e artesãos, responsáveis pela produção de alimentos (trigo, cevada, vinho, bois, asnos carneiros, etc.) e demais produtos. Eram obrigados a pagar pesados tributos em bens (não havia ainda o uso do dinheiro), ou em trabalhos gratuitos para o Estado (corvéia real). Não havia muitos escravos no Egito. Normalmente prisioneiros de guerras, eram usados apenas nas minas ou em trabalhos domésticos. Não tinham papel importante na economia egípcia.
Os historiados costumam dividir a História egípcia em três períodos: O Antigo Império (3100 a.C. ~ 2040 a.C.), Médio Império (2040 a.C. ~ 1640 a.C.) e Novo Império (1550 a.C. ~ 1070 a.C.). Não precisamos decorar estes anos nem os períodos. O importante é sabermos que ao longo deles o Egito passou por fases de centralização ou descentralização política, crises econômicas e sociais, e invasões de povos estrangeiros. Após o declínio da civilização egípcia assírios, persas, gregos, romanos e finalmente árabes dominaram a região.
FLAMARION, Ciro. O Antigo Egito. São Paulo Editora Brasiliense, 1990
MORLEY, Jacqueline. Como seria sua vida no Antigo Egito. São Paulo Editora Scipione, 1996
AMBIENTE VIRTUAL DE ENSINO – UMA NOVA FERRAMENTA PARA A EDUCAÇÃO
Estarei dando início hoje ao Ambiente Virtual de Ensino como parte do meu blog. Este AVE terá como objetivo ser um instrumento de auxilio aos estudantes de História e Sociologia do Ensino Médio da Escola Polivalente Caxambu. É um modelo de ensino inovador, que irá fazer com que o conceito de aula rompa os muros das escolas e invadam a rede mundial de computadores.
A partir de agora os alunos terão contato com os resumos das matérias lecionadas em sala de aula a partir de computadores ligados a internet, que poderão ser acessados de casa, de lan-houses, de telecentros ou até mesmo dos laboratórios de informática das próprias escolas.
Os textos serão disponibilizados em forma de postagem, onde os alunos poderão ler, comentar e tirar suas dúvidas no link “comentários”. Além disso, haverá outro link onde os mesmo poderão fazer downloads dos textos em formato pdf para salvarem em disquetes, pen-drive, ou imprimi-los.
Haverá também, junto com os textos, sugestões de livros, onde os alunos poderão aprofundar sobre os temas trabalhados. E em breve algumas tarefas também poderão ser respondidas neste Ambiente. Mas para isso ainda terei que estabelecer algumas regras e instruções.
Então, boa aula para todos!!!